1941 - 2020
Com um pé na Itália e outro no Brasil, ele era da mesa farta, da conversa boa e do sorriso largo.
Aguilar era filho de italiana, dono de belos olhos bem azuis e de um sorriso inesquecível, que ficava maior ainda com a vitória do Vascão.
Em Cachoeiro de Itapemirim, ficou conhecido como Mercedão, sempre muito querido por todos. Conquistou muitos amigos ao longo de sua jornada, marcada pelas conversas agradáveis e pelas mesas bem-servidas.
A família para ele era o que tinha de mais especial. Encontrou o amor de sua vida em Maria Helena, mulher com a qual dividiu cinquenta anos de casamento (e sete de namoro). Realizou o sonho de conhecer a Itália e seus parentes. O carinho por Aguiar transgredia territórios.
Além de Maria Helena, Aguilar carregava muito mais no coração. Era apaixonado por futebol, vascaíno roxo que só dormia com o rádio ligado. Entusiasta da música, tocava em festas da cidade como membro e presidente da Banda 26 de Julho. E unia sua energia para fazer o bem ao próximo, como voluntário no projeto Nossa Criança.
Mercedão fez o que poderia fazer de melhor: viver. Com brilho nos olhos, sempre sorrindo e fazendo sorrir. Sua sobrinha Luisa, a quem chamava de "Paixão", faz questão de deixar vivo o legado do "amado e querido tio".
Aguilar nasceu em Castelo (ES) e faleceu em Vila Velha (ES), aos 79 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela sobrinha de Aguilar, Luisa Chiquetto Fraga. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Mariana Couto, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 31 de agosto de 2020.