Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Com um pé na Itália e outro no Brasil, ele era da mesa farta, da conversa boa e do sorriso largo.
Caminhoneiro de muitas histórias, ajudou a construir Brasília e conheceu parte do grupo de Lampião.
A baiana capixaba mais animada de Vila Velha. Quando não estava batendo pernas com as amigas, fazia um feijão inigualável.
"Gatinha, eu te amo muito", declarava-se para sua amada esposa.
Tininin era vascaíno devoto, fez até promessa para o time do coração não ser rebaixado.
Uma mulher determinada, generosa e de muita fé.
Amante das coisas boas da vida, soube dela extrair e aproveitar o que encontrou de melhor.
Apaixonado por carros, churrasco e refrigerante, foi o herói do único filho, que herdou as mesmas paixões.
Sempre disposta a conhecer o novo, Elda via beleza em tudo.
A cozinha era sua paixão, abriu o Delícias do Bill e lá servia as melhores empadas de Vila Velha.
Encantava a todos tocando seu violão e entoando, com sua voz macia, as músicas de Tim Maia.
Depois de quatro cirurgias cardíacas, dizia: “Cada dia é um presente”.
Pai de pulso firme e colo acolhedor; ensinou o real valor da família.
As refeições que ele preparava para sua família não eram apenas deliciosas... eram uma declaração de afeto e cuidado.
Sua via foi um testemunho vivo de que a verdadeira bondade reside na essência, jamais na aparência.
Além de dar aulas de Educação Física, ele organizava olimpíadas escolares, Festas Juninas, Carnavais e desfiles.
Sua gargalhada ecoava pelas ondas do rádio.
Acordava cantando no chuveiro e dormia cantando para a esposa.
Laide, a companheira para todas as horas.
Quando contava uma piada, não havia ninguém que conseguisse segurar a risada.
Mineira raiz, forte por si só, enfrentou a vida com garra.
Expressava em seu sorriso a alegria de viver e não resistia às brincadeiras infantis.
Professora e pedagoga do sistema prisional, se encontrou na profissão. Generosa e alegre amava o calor da praia.
Talentosa e afetiva, suas mãos eram hábeis nas artes e também nos cuidados; tia Cida era puro amor.
Pessoa admirada por sua simplicidade, gentileza e paciência.
Teve uma história de lutas e viveu intensamente o amor e o cuidado pelos filhos e pela netinha.
Motorista ou passageiro, viajar era a sua paixão e a estrada era sua morada.
Soube aproveitar a vida, deu valor à educação e amou, intensamente, seu único filho.
Exaltou a liberdade e a crítica na família, estimulando o diálogo com afeto e leveza.
Foi luz na vida de todos, com seu sorriso carinhoso, cabelinho da cor da neve e uma força admirável.
Encontrou na esposa uma companheira de vida. Gostava de levá-la para viajar e passar as horas conversando.
Na roça ou na cidade grande, foi um lutador que desde sempre fez sua família e seus amigos sentirem muito orgulho.
Gostava de se reunir com a família para tomar café - com pão sem manteiga - e participar dos almoços animados e gostosos.
Como diz a música: “Os bons morrem antes”. Ela deixou saudade pela fartura de generosidade e de amor.
Tinha um coração que não cabia no peito.
O briguento de coração grande e mesa farta.