1929 - 2020
A Nona era capaz de sucumbir até os corações mais duros com sua doçura e amor.
“Nona” significa avó, em italiano.
Era assim que era conhecida por todos: "Dona Nona, a avó italiana". E, fazia justiça tanto pelo apelido carinhoso, quanto pela fama afetuosa; tão conhecida dos provenientes da Itália.
Gostava da casa cheia. Podia até reclamar da bagunça dos filhos e netos; mas, não abria mão da presença de nenhum deles e nem do macarrão aos domingos - era uma cozinheira das melhores. Mas, não restringia seu afeto somente à cozinha, dedicou sua vida a ajudar os familiares e quem mais estivesse por perto, sempre querendo resolver os problemas daqueles a quem queria bem.
Quem será capaz de esquecer os beijos e abraços recebidos da Nona?
Esse foi o seu maior legado: O amor.
A conversa fácil e boa, os abraços... E, quando seus braços, já debilitados, tinham certa dificuldade em demonstrar o afeto, ela o expressava através do olhar.
Ela sempre acolheu e amou da forma mais pura e verdadeira!
Amelia nasceu em Santa Maria di Castellabate (Itália) e faleceu em São Paulo (SP), aos 91 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo neto de Amelia, Fabrizio Salzano Matangrano. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Francisco Júnior, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 13 de julho de 2020.