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Ana Evangelista de Souza

1967 - 2020

Sua grande paixão: o Palmeiras. Seu grande amor: a família. Sua grande vocação: ajudar quem amava.

Ana era uma senhora caprichosa. Mantinha tudo limpinho e tinha mania de lavar as paredes. Nada superava, porém, o zelo com aqueles que amava.

Caminhou seis quilômetros, madrugada adentro, com a sobrinha Silvana, para ver a final da Copa do Mundo de 2002. Valeu a pena, pois viu o Brasil ser pentacampeão. Palmeirense apaixonada, amava futebol.

O pudim que preparava era inesquecível. Para sorte de quem convivia com dona Ana, adorava prepará-los.

Aos filhos Everton, Everaldo e Cristina distribuía o grande amor que trazia no peito. Dizia que os netos Maria Sofia, João Vitor e Vitor Gabriel eram sua maior riqueza.

Independente do que acontecesse, estava sempre com um sorriso no rosto. Não se conformava em ver os outros chorarem; quando isso acontecia, soltava a frase que ficou famosa entre aqueles que a conheceram: "Larga de ser boba, menina, logo isso passa". Em seguida abria um sorrisão.

"Viveu por todos que a cercaram. Obrigada, tia Ana", diz a sobrinha Silvana.

Ana nasceu em Cafelândia (PR) e faleceu em Cuiabá (MT), aos 53 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Ana, Silvana Maria da Silva. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Talita Camargos, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 16 de abril de 2021.