1966 - 2020
Uma apaixonada por pessoas, conversas e café.
Angelila - o nome causava curiosidade e ela já podia engatar uma conversa descontraída para contar que nada mais era do que a mistura dos nomes de suas avós: Angelina e Lila.
Não era difícil Angelila começar conversas. Era daquelas que, na fila do supermercado, puxava papo e fazia vários amigos. Qualquer lugar era propício para trocar experiências e aprendizados.
Amava sentar-se na calçada, em frente a sua casa, com uma boa xícara de café, inclusive, o amor por café era tanto que nos dias em que chegaria às 17:40h do trabalho, do caminho já enviava uma mensagem para a filha caçula, Karollayne, falando que ela já podia começar a preparar o café, para conversarem sobre os acontecimentos do dia.
Foram conversas e mais conversas repletas de amor, boas risadas e cumplicidade com a caçula, que apesar de já ser maior de idade, ainda era carinhosamente chamada de bebê pela mãe.
Ela era também pura inspiração. Operadora de Produção e Técnica de Enfermagem, batalhava pelo que queria e sabia viver de forma leve, apesar das turbulências do dia a dia.
Seu Rosinaldo, o grande amor de sua vida; Kathleen e Karollayne, suas filhas, e todas as pessoas que tiveram o prazer de conviver com Angelila sempre lembrarão dela com muito, muito amor.
Angelila nasceu em Santarém (PA) e faleceu em Manaus (AM), aos 53 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Angelila, Karollayne. Este texto foi apurado e escrito por Nathalia Rogers, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 1 de junho de 2020.