1964 - 2020
Soube viver bem: cada tijolo e cimento suados, foram compensados com cerveja gelada, muita conversa e amigos!
Tinha dois filhos: Tiago e Jeferson. "Eu era sua enteada, mas filha de coração. Dei a ele dois netos postiços, dos quais ele foi um avô perfeito", conta Nádia.
Além disso, era um pai amoroso e um marido exemplar. Será sempre lembrado.
Antônio era um pedreiro de mão-cheia! Imagina-se que tenha contraído o vírus em uma lotação, pois estava em casa e, quando voltou a trabalhar, dias depois, ficou doente.
Gostava de curtir a vida como ninguém, sempre com sua "fia" do lado, companheira de uma vida.
Era só falar "vamos fazer um churrasco?!" e pronto... a casa já estava cheia de amigos e virava, praticamente, uma festa.
Todo sábado era sagrado ele tomar sua cervejinha. A certa altura, começava a falar e não parava mais, até disparar: "Véi, vamos tomar uma cerveja bem gelada no bar do Abelardo!"
Adorava dançar forró e reunir os amigos para comemorar seu aniversário.
Assim era Antônio, alegre, vivia sorrindo, cheio de amigos e sempre preocupado com os outros.
Antônio nasceu em Coronel João Pessoa (RN) e faleceu em São Paulo (SP), aos 56 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela enteada de Antônio, Nádia Rosa de Oliveira. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Denise Pereira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 20 de junho de 2020.