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Antonio Carlos Nascimento Pivatto

1937 - 2020

Comunicativo, marcou a vida de muitos com suas piadas e brincadeiras.

"Papai era um touro, um homem forte. Nossos namorados tinham até medo dele. Mas era tudo uma casca. No fundo ele era um palhaço, divertido. Quem o conhecia adorava aquele homem e suas brincadeiras. Viajou o mundo, conheceu locais exóticos, trabalhou no que amava, foi patriota, aprendeu a pintar, teve três filhas, quatro netos, duas esposas e uma vida cheia de aventuras.", assim as filhas Andrea, Claudia e Flavia Pivatto apresentam o amado pai.

Ele era corajoso, mas foi acometido pelo Parkinson e aos poucos a personalidade forte que ele tinha foi se perdendo. "Ele viveu bem, fez as escolhas que quis e sempre soube desapegar das coisas da vida", contam as filhas.

Mudou-se para Curitiba no início dos anos 2000. Amava o sul do país, era gaúcho, tchê!

Houve uma época em que ele resolveu pintar, o que fez desabrochar sua alma de artista e colorir os seus dias. Hoje, as pinturas de Pivatto trazem mais cor e alegria para as paredes e as vidas de quem teve o privilégio de ter uma tela pintada por ele.

"Meu pai deixou saudades e ensinamentos, dos mais práticos possíveis. Ele era do tipo que ficaria bem bravo de nos ver tristes. Diria pra gente: 'Chorar, ok, mas seguir em frente, porque 'ninguém fica pra semente'."

Seus amigos postaram lindas mensagens em seu perfil de uma rede social, ele faria aniversário um mês depois de sua partida. O "cara" fez tudo o que quis, deixou um legado de sabedoria, leituras... aproveitou muito, viajou bastante, amava geopolítica e sempre que podia contava e falava sobre todas essas aventuras e conhecimentos. Ele soube viver! E como dizem suas filhas: "De agora em diante, ele segue aqui dentro da gente. Te amaremos pra sempre, pai! Você está aqui em nós!"

"Pai, que você siga seu caminho com dignidade e paz. Amo muito você e sempre haverá muito de você em mim. Ainda bem!"

Antonio nasceu em Porto Alegre (RS) e faleceu em Curitiba (PR), aos 83 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelas filhas de Antonio, Andrea, Claudia e Flavia Pivatto. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Rayane Urani em 11 de novembro de 2020.