Antônio de Macedo Andrade

1950 - 2020

Amava trabalhar, viajar e comer bem. Era do tipo que prestava ajuda financeira e mantinha a discrição.

De origem humilde, Antônio saiu de São Bento, no estado de Pernambuco, aos 21 anos, para ganhar a vida em São Paulo.

Aos 26, casou-se com Maria das Graças, sua parceira por mais de quatro décadas, com quem teve Luiz Fernando e os gêmeos Adriana e Tadeu.

Macedo, como o chamavam, trabalhou com estamparia, foi taxista e mensageiro de hotel, antes de tornar-se sócio de um hotel no centro da capital, seu primeiro anseio profissional.

Tanto essa como as realizações seguintes vieram com muito suor e desafios, pois o pernambucano era 100% dedicado quando o assunto era trabalho.

Desta forma, conquistou estabilidade financeira e emocional, junto da mulher e dos filhos.

Durante toda a vida e, sempre com discrição, Macedo ajudou inúmeras pessoas, tanto familiares como amigos próximos, a realizarem algum sonho. Em grande parte, a ajuda era financeira.

Ainda assim, a humildade e a simplicidade o acompanharam em toda sua trajetória.

Além do gosto pelo trabalho, Macedo apreciava uma boa comida e viajar com a família. Eram frequentes as visitas a Minas Gerais, o estado de origem da esposa, e claro, o seu Pernambuco.

Com o avanço da idade e devido aos problemas de saúde, as viagens foram rareando. Macedo tinha diabetes, hipertensão, baixa visão e insuficiência renal ─ era transplantado desde 2002.

Adriana diz que o último pedido do pai, antes de ser intubado, foi que chegasse um recado para ela: não esquecer de pagar o boleto do aluguel do comércio.

"Ele estava muito preocupado, porque seus negócios, do ramo de hotelaria, estavam todos fechados. E, toda sua vida, dedicou-se a não deixar faltar nada em casa e para sua família", ela diz.