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Antônio Elias Vianna Mokarzel

1957 - 2020

De tudo o que poderia ter sido, escolheu ser bom. E, por isso, foi tão amado.

Antônio, mais conhecido como Moka, foi um filho abnegado, um pai amoroso e um amigo como poucos. Sua característica mais marcante era a gentileza. Sempre com um sorriso no rosto, uma palavra amiga e uma história interessante para compartilhar, cativava afetos em toda a parte.

Era fácil gostar dele. Moka era educado, inteligente, generoso, engraçado, especial. O tipo de pessoa que a gente não encontra em qualquer esquina. "Sim, ele fazia diferença nesse mundo", diz a afilhada Thais.

Amante da tecnologia, do Flamengo e de Belém do Pará (sua cidade natal), Moka tinha orgulho da origem libanesa e guardava, com todo o amor, a memória de seus pais.

A afilhada conta que o padrinho dizia que, quando a sua hora de partir chegasse, não deveríamos nos entristecer, pois estaria se reunindo com seus pais". Ainda assim, a sua partida causou uma enorme comoção e Thais arremata: "Como não chorar essa perda?"

Moka é único. Não existe outro ser parecido no mundo. "A saudade é imensa. Lá em cima não tem wi-fi, mas Moka, talentoso que era, instalou habilmente uma conexão direta com os nossos corações", conclui Thais, conectada para sempre ao padrinho.

Antônio nasceu em Belém (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela afilhada de Antônio, Thais Gutparakis de Miranda. Este tributo foi apurado por Malu Marinho, editado por Marcia Horacio Barbosa, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 9 de agosto de 2020.