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Antônio Inácio dos Santos

1944 - 2021

Tinha uma risada gostosa de se ouvir, sempre recebia os seus dizendo: "Deus te abençoe!"

Seu Antônio, ou Tonha, como os familiares gostavam de chamá-lo, trabalhou na roça até se aposentar. Dedicado à família, estava sempre disposto a elevar o moral de todos. Não fazia distinção entre as pessoas: para ele todo mundo era amigo.

Paciente e muito afetuoso, não media esforços para ajudar os filhos. Era o alicerce da família. Tinha uma bondade que transcendia a natureza humana.

"Tinha uma camisa listradinha que ele vestia todo dia e usava tênis até dentro de casa", conta a neta Isadora. "Sempre muito cheiroso e arrumado, era aquele avozinho cavalheiro e vaidoso, que não deixava os cabelos ficarem brancos porque não queria parecer velho.

"Durante as sonecas que tirava de dia no sofá, com o rádio no ouvido, ele falava: 'tô dormindo não, só tô cochilando!'", conta Isadora. "À noite, colocava duas meias e dizia: 'tô esquentando os pés pra dormir...'"

Homem de fé e princípios, não esquecia de rezar o terço todos os dias e tratava a todos com bondade. Tinha muito amor no coração! Referência de pessoa, marido e avô, deixa como legado sua educação e honestidade.

O sogro de Antônio Inácio, também vitimado pela Covid-19, está homenageado neste Memorial. Para conhecer a sua história pesquise por Antônio Albino José de Mateus.

Antônio nasceu em Araxá (MG) e faleceu em Uberlândia (MG), aos 77 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta de Antônio, Isadora Guimarães Valentim. Este tributo foi apurado por Daniela Almeida Lira, editado por Daniela Almeida Lira, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 9 de julho de 2021.