Aristrogildo Fernandes Duarte

1980 - 2021

Para ele tudo estava sempre bom. Não reivindicava para si nenhuma mordomia, bastava ter onde armar sua rede.

Ari, como era chamado, viveu seu sonho e suas fantasias de criança com humildade e sem preocupação.

Não teve filhos, mas soube transmitir a simplicidade de uma pessoa que não desejou riquezas nem vaidades. Desejou apenas, desde a mais tenra idade, um aparelho de televisão; ao ter condições para isso, priorizou a reforma da casa da família, adiando o sonho. Quando finalmente o realizou, a TV se tornou seu bem mais precioso, valorizado até mais que um veículo, objeto de consumo para tantas pessoas.

Católico, gostava de estar em todas as missas e eventos religiosos. Apesar de não ser ortodoxo, contribuiu bastante nos bastidores das festas da padroeira e outras iniciativas da paróquia.

Muito respeitador, sabia viver com humanidade e cuidou do próximo com bondade, humildade e mansidão. Para ele não havia tempo ruim, tudo estava sempre bom. Humilde, “em casa ou numa viagem, não reivindicava para si a mordomia de uma cama, de um colchão ou de travesseiros, bastava apenas um lugarzinho para armar sua rede, e ali dormia, sem preocupação com nada, fosse em tempos de chuva ou sol”.

Trabalhou em diversas profissões. Foi agricultor, padeiro, educador de jovens e adultos e por mais de catorze anos atuou como agente de endemias.

Na fé de seu irmão Francisco, a luta que Ari travou se transformará em vitória, pois, “com certeza, assim como São Paulo, ele receberá a coroa da vitória que o Senhor Justo Juiz lhe dará em seu reino”.

Aristrogildo concluiu sua jornada deixando saudade eterna e exemplo de simplicidade e bondade como filho, irmão, tio, amigo e grande ser humano.