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Aritana Carreiro de Assis

1979 - 2020

Mulher de alma solidária, dedicou a vida para ajudar os animais e semear amor em sua família.

"Um ser humano completo", foi a melhor definição da sua prima, Ariani.

Não conseguia dizer "não" e, era com essa entrega, que buscava a felicidade da família, sempre com uma frase de efeito na ponta da língua. Costumava dizer: "Eu não ligo, pois a gente morre e fica tudo aí mesmo" e foi assim que semeou o amor em cada relação com seus filhos, marido, irmão e cuidando da sua mãe, com toda dedicação e atenção.

Não gostava quando as pessoas iam embora da sua casa e estava sempre a postos para pedir "fica mais um pouquinho" e passar noites conversando com quem amava.

E o amor não se limitava apenas aos familiares, mulher de alma solidária, conhecida por todos como "anjo dos filhotes", estava sempre pronta para ajudar os amigos de quatro patas. Mesmo sem formação na área, o afeto e rotina com os animais a ensinaram a aprender.

Esse anjo seguiu operando milagres de outras formas, sempre sonhou em ter um sobrinho. Após seu falecimento, seu irmão e cunhada descobriram que vão ser papais.



Conhecida como o 'anjo dos cães', fazia o bem sem olhar a quem, dedicando seu amor às pessoas e aos animais.

Nas palavras do esposo Marcos Paulo, Aritana foi "uma pessoa fora do normal" que, graças ao seu coração puro e ao seu jeito de ser, virou anjo na Terra para os que cruzaram seu caminho.

Aritana gostava de fazer o bem sem querer nada em troca e era capaz de tirar a roupa do corpo para dar ao próximo, porque "nunca ligou pra coisa de pouca importância na vida", lembra Marcos Paulo. Ela também gostava de animais e cuidava de cachorros. Ficou conhecida como "o anjo dos cães" ou como "o anjo dos filhotes" e, por sua atuação, ganhou homenagens especiais de amigos cinófilos.

Como esposo, Marcos Paulo foi testemunha do coração grande, do jeito simples e sincero de ser e da alegria "acima do normal" de Aritana. Estiveram casados por vinte e dois anos e, dessa relação repleta de amor, nasceram Yuri Júnior e Yasmin Carolainne, as maiores paixões de Aritana.

Aritana era uma amiga sincera e carinhosa. Brincalhona, encantava todos com o alto-astral de quem nunca se aborrecia com nada, sendo sempre "muito de bem com a vida", como relata Marcos Paulo.

Amar o próximo acima de qualquer coisa era a ideia que pautava as ações de Aritana no dia a dia e que se mostra tão presente em cada recordação carinhosa sobre ela.

Aritana nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 42 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela prima e pelo esposo de Aritana, Ariani de Assis Mero Rodrigues e Marcos Paulo Ferreira do Carmo. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Letícia Sansão, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 10 de janeiro de 2021.