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Arlene do Nascimento Cardoso da Cunha

1961 - 2020

Para Arlene, Deus é uma mulher preta.

Era a Nêga, a tia Lena, a irmã Arlene, a "constomplosa", a mainha.

Arlene, cheia de brilho aos seus 59 anos, exercia com amor, empenho, carinho e cuidado suas atividades como técnica de laboratório de análises clínicas. Trabalhou no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, onde se aposentou, e ainda desenvolvia suas atividades no Hospital Universitário Onofre Lopes. Sempre alegre, dedicava-se a ajudar o próximo com todo seu amor e se esforçou muito para conquistar seu trabalho.

A partir do amor que Arlene tinha em si, construiu uma linda família com seu esposo Ivanaldo. Foram casados por mais de 30 anos e a família cresceu com os frutos do amor: seus filhos Isahbelle, Rohdriggo e Rehbecca, e seus netos Pedro e João.

Foi uma mulher forte, gentil, amável e sempre presente e disposta a dar tudo de si para o auxílio dos que estavam próximos ou que de alguma forma chegavam perto.

Arlene amava praias. O mar era um dos lugares que mais admirava e onde se sentia feliz. Sempre disposta a juntar toda a família, os convites para suas comemorações de aniversários sempre vinham com sua famosa frase: "Será só um bolinho, venham todos". Era uma característica muito bonita, pois mostrava o quanto ela amava ter todos ao seu redor.

"Ela deixou em cada um de nós uma marca de carinho e amor que representava o próprio Deus nesta terra. Não há palavras profundas e completas o suficiente para falar de Arlene. Não há como descrever a falta que fará aos que puderam encontrá-la, mas temos todos a plena convicção que hoje ela pode ver de perto o nosso Pai que está no céu. E, como dito mais acima, o quanto se parecia com Ele", diz Rohdriggo, filho de Arlene.

"Tenho certeza que todos os familiares e amigos sentem que Arlene será sempre presente, pois seus ensinamentos de amar o próximo, ter fé e ser temente a Deus vão ser repassados por aqueles que a conheceram. Toda sua família também se orgulha em ter sido presenteada com a vida de Arlene e toda sua energia positiva. Uma mulher batalhadora, proativa, resolutiva, brilhante, amável, cheia de fé. Uma mulher de amor, perseverança e resiliência", finaliza o filho.

Arlene nasceu em Natal (RN) e faleceu em Natal (RN), aos 59 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo filho de Arlene, Rohdriggo Rodrigues do Nascimento Cardoso da Cunha. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Raiane Cardoso, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 23 de agosto de 2020.