1973 - 2020
A alegria dela era ver a felicidade do neto brincando. Orgulhosa, dizia: “Ah, é o meu netinho!”
Uma pessoa excepcional, supermãe, mulher e amiga, preocupava-se sempre com o próximo. Era emotiva ao extremo, tomava as dores dos outros para si.
Ao mesmo tempo, era incansável em todos os sentidos. Se visse alguém passando alguma necessidade, tentava fazer alguma coisa. Sua empatia generosa não escolhia a quem ajudar e fazia sempre o que estivesse ao seu alcance.
A união da família era seu grande prazer e seu maior legado. Estava sempre à frente das festas e tarefas da família. Era a expressão do amor de mãe. Cuidou da filha com todo carinho e dela recebeu o maior presente da vida: o neto, quase filho. Aliás, mais que filho. A amiga Ana Catarina a apelidou de “mãevó”.
A alegria do menino com um brinquedo novo ou junto dela, nas muitas brincadeiras dos dois, a deixava tão feliz que parecia que dela sairiam coraçõezinhos vermelhos e brilhantes como numa figurinha animada ou gif.
Trabalhava com imagens, e delas admirava a capacidade de encantar. Compartilhá-las era um hobby, uma mania, e ficou famosa pelas belas imagens que proporcionava.
“Não ter ela aqui nunca mais vai ser muito difícil. E os almoços, as datas comemorativas, não serão mais como antes. Perdemos a nossa base, agora nossos sorrisos terão sempre um traço de saudade!” conta a amiga, transparecendo o imenso afeto e pesar.
Arlete nasceu em Belém (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 47 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela amiga de Arlete, Ana Catarina Brito. Este tributo foi apurado por Hélida Matta, editado por Hélida Matta, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 16 de setembro de 2020.