Arnaldo Araujo Souza
1966 - 2020
Homem de poucas palavras, acalentava e dizia muito com o olhar.
Devotado à família, fazia questão de todo fim de semana ir dar banho no pai com Alzheimer enquanto conversavam sobre causos antigos.
Muito amoroso, após um momento difícil na família, encarou o desafio de cuidar dos três sobrinhos da companheira como filhos.
Tinha como paixão sua coleção de miniaturas. Automóveis, carros de boi de madeira, motos, bicicletas, alguns feitos por ele mesmo. “Desde jovem, era supercriativo. Como torneiro mecânico, ele montava peças, desenhava à mão e conseguia passar na máquina”, conta a filha Midiane.
Amava também fazer seleção de músicas e fotos antigas. E assim passava os dias esse homem de hábitos simples, de forma pacata, escutando o modão “Couro de Boi”, de Sérgio Reis.
Arnaldo nasceu em Tupaciguara (MG) e faleceu em Uberlândia (MG), aos 53 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Arnaldo, Midiane Barreto. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Laís Oliveira, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 27 de maio de 2021.