1953 - 2020
Gostava de ouvir Fagner, Benito di Paula; de conversar em barzinhos e de ver o Flamengo jogar.
Arthur era um homem com um coração lindo. Amava demais os filhos, os netos e os bisnetos. Era conhecido por toda a cidade e muito querido entre os amigos. Um eletricista e hidráulico excelente.
Gostava muito de dançar e de ouvir suas músicas preferidas, especialmente as do Fagner e Benito di Paula. Tinha muito amor pelos bichos, em especial os passarinhos e seus cachorros. Um dos passatempos preferidos de Arthur, era ir ao estádio ou assistir, de casa, aos jogos do Flamengo, seu time do coração.
Alegre e brincalhão, Arthur gostava de sentar-se com amigos para conversar em barzinhos. Depois que teve seu pé amputado devido à diabete, ficava um pouco envergonhado, mas seguiu com a sua alegria e as brincadeiras de sempre, sempre rindo. Gostava de fazer reuniões com a família e de estar com todos reunidos.
"Vô, nós fizemos de tudo, vô, de tudo. Nós fizemos tudo que podíamos. Desculpa, vô, não pude te dar um último adeus. No meu aniversário, eu estava sentindo (...) na madrugada seguinte ele se foi para junto de Deus. Te amaremos para todo sempre! Meu 'véio', até breve", diz a neta Thamara.
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Arthur era um homem íntegro. Bombeiro hidráulico e eletricista por profissão, trabalhou até o fim da vida e no fim lutou por ela. Deu total condição para os filhos, netos e bisnetos serem pessoas de grande valor.
Um vovô babão, era apaixonado pelos netos e bisnetos, e as crianças também eram apaixonadas por ele.
Foi um flamenguista "roxo" e o mais fanático, segundo o filho Arthur. Dizia que a seleção dele era o Flamengo. "Quando era criança, lembro que vi meu pai sonhar e gritar: Gol do Zico!", conta Arthur.
Chorou como criança pelo título da Libertadores, conquistado pelo seu time do coração em 2019. Disse que pediu a Deus que desse ao filho a chance de ver o Mengão ganhar a competição.
"Agradeço a Deus porque permitiu a ele conhecer a minha filha. Obrigado por tudo, meu pai! Bença", diz o filho.
Arthur nasceu em Duas Barras (RJ) e faleceu em Nova Friburgo (RJ), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela neta e pelos filhos de Arthur, Thamara de Paula Pinheiro, Adriana Schausse de Paula e Arthur Schausse de Paula Junior da Costa, respectivamente. Este tributo foi apurado por Michelly Lelis, editado por Raiane Cardoso, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 29 de julho de 2020.