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Augusto Nazareno Lopes

1954 - 2020

Nunca deixava de fazer uma fezinha na loteria, mas sorte teve quem o conheceu.

Gugu, Naná ou Ninita, como Augusto era chamado, gostava de inventar melodias para alegrar a quem ouvia. Neste coração de pai amoroso moraram Marcia, Marcus, Michael, Micheline, Giovanni e Jennifer, filhos e neta biológicos da esposa Vilma Maria Marques de Jesus.

Parte do seu afeto era reservado ao futebol. Dividia sua paixão igualmente entre o tradicional time paraense Clube do Remo, o São Paulo e o Vasco. "Ele dizia que se eles se enfrentassem entre si, não importava quem ganhasse", relembra a filha Jennifer.

Desde muito cedo, Augusto mostrou sua força no trabalho em lavouras, no Pará. Também vendeu picolés e, mais tarde, se dedicou à construção civil, até se aposentar. Não tinha tempo ruim. Sua família conta que ele sempre via o lado positivo das coisas e que o mais importante para ele era transmitir o seu amor.

Nas horas vagas, Augusto gostava de apostar em jogos de loteria, mas quem recebeu este prêmio foram as pessoas de sua vida. Sorte de quem conheceu seu Gugu.

Augusto nasceu em Ananindeua (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 65 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Augusto, Jennifer Sueann Marques de Jesus. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Gess Alencar, revisado por Didi Ribeiro e moderado por Edson Pavoni em 26 de maio de 2020.