Aurelina Félix Cândido

1938 - 2020

Era quase uma popstar na feira que frequentava todos os sábados com o filho.

Aurelina foi uma mãe e avó extremamente amável e zelosa. Carismática, era muito querida pelos vizinhos e conhecidos.

Era católica e devota fervorosa de Nossa Senhora Aparecida. Sempre foi muito ativa, mas esteve acamada em estado vegetativo por três anos, dez meses e vinte e um dias após sofrer um AVC hemorrágico devastador.

"Seu enorme, mas frágil coração não resistiu ao estrago do vírus e assim foi o melancólico encerramento do último ato da 'via crucis' que mamãe protagonizava involuntariamente por quase quatro anos. Uma pessoa tão popular... ter velório de apenas uma hora, em caixão lacrado e enterrada a toque de caixa, com a presença limitada de quinze pessoas ao máximo. Ostracismo imerecido porque, em condições normais (antes da pandemia), o derradeiro adeus à minha mãezinha seria um 'evento' na acepção pontual e marcante da palavra. Saudade eterna e pungente dor no peito", diz Adelmo.