Aurelina Teodozia da Silva

1937 - 2020

Contava histórias de príncipes e princesas através de lindas cantigas que maravilhavam seus amados netos.

Dona Lele, como era chamada, ensinou para a família de um jeito lindo como o afeto é poderoso e transformador. Ela era tão acolhedora que parecia um abraço quentinho e demorado. Sempre tratou a todos com muito amor, respeito e cuidado.

Era dona de uma alegria sem fim, tinha sorrisos inexplicáveis e sempre “tirava um sarro” de situações complicadas para minimizar o efeito delas. Juntava os netos em torno dela para contar histórias que ela mesma criava através de lindas e inesquecíveis cantigas. Fazia bolinho de feijão com farinha e dividia sua refeição com os seus. Tê-la por perto parecia um sonho bom.

Mesmo quando diagnosticada com Alzheimer e passando anos numa cama, Dona Lele sempre dava um jeito de se comunicar com todos. Ela foi o grande elo da família e fazia com que todos sentissem que ela ainda estava conectada aos seus.

Ela se foi e tornou-se um anjo. Do outro lado, continua cuidando de todos como sempre fez.