Aurora Gimenez Belmont

1930 - 2020

Tinha um senso de humor um tanto quanto desajeitado, fazendo a família gargalhar diversas vezes.

Esta é uma mensagemescrita por Juliana Belmont Pinho à sua avó, Aurora.

Dizem que avó é uma segunda mãe e você foi exatamente isso para mim. Vou sempre lembrar de quando você nos recebia na sua casa sempre muito arrumada, com aquele bolinho para tomar café da tarde e eu quase nunca tinha paciência de esperar esfriar. Da risadas que você nos provocava. Do seu jeitinho de demonstrar carinho e cuidado. De como você era vaidosa e gostava de estar sempre arrumadinha. Da sua pinta azul no canto da boca que era única e da história por trás dela. Também vou lembrar da sua valentia para enfrentar qualquer bicho e das histórias sobre correr atrás da minha mãe e do meu tio com barata na mão. Vou lembrar da minha mãe dizendo que quando passava um filme inédito na televisão você dizia já ter visto.

Vou guardar a lembrança de você querendo segurar minha mão nos seus últimos dias, como se só assim fosse possível sentir tranquilidade. Acredito que você já estava me preparando para a sua passagem, porque esses momentos me transmitiram muita paz. Você sempre dizia que minha mãe era seu anjinho da guarda e assim ela foi até o final.

'Vózinha', você me ensinou e me inspirou muito. Eu sou eternamente grata por Deus ter permitido que você, dona Aurora, vivesse 89 anos e que pude viver vinte e cinco ao seu lado, apenas neste plano, porque sei que você vai me acompanhar para sempre e um dia vou te reencontrar. Agora você mora em nossa família e olha por nós, junto com a sua santinha querida, a Nossa Senhora Aparecida, de quem era tão devota.

Nós vamos te amar eternamente, nosso anjinho.