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Bazilia Ferreira Brito

1935 - 2020

Mulher guerreira e cristã que, com sua firmeza, dizia o que pensava.

Avó, bisavó e mãe de 12 filhos: Ivone, Ivana, Ione, Iraci, Ivani, Raquel, Edson, Iane, Elielson, Oséias, Rubinho e Ionete.

De pouco estudo, graduou-se com o diploma que a vida lhe deu, de mulher guerreira, trabalhadora, honesta e dona de casa.

Mulher de ideia firme, que falava o que pensava. Dizia a frase: “eu não tenho papas na língua”, e o que tinha que falar, falava na cara.

Sofreu e carregou a dor da perda dos filhos: Oséias, Rubinho, Edson e Ionete (falecida ainda bebê) e do marido Rubens, um homem trabalhador, honesto, carpinteiro e cristão.

Como cristã aplicada que era, quando ainda tinha forças, frequentava o círculo de oração. Bazilia gostava de ler, de cantar e de ouvir hinos da harpa; não menos importante, fazia questão de ir à igreja.

Gostava de plantas, de dormir na rede, de café com leite e tapioca, de farinha de mandioca, de peixe, camarão e açaí.

No seu aniversário de 85 anos, recebeu uma festa ornamentada, com direito a bolo, salgadinhos e balões; comemorou com as pessoas que amava e, com sorriso tímido, soprou as velinhas.

Nos dias em que ficou internada, seus filhos clamaram a Deus assim como aprenderam com ela própria, e uma grande corrente de oração se formou por toda a família, amigos e conhecidos. Todos unidos em prol de seu bem-estar: um verdadeiro milagre.

Partiu ao encontro do Pai e deixou aos filhos a maior herança, a palavra Dele. Combateu o bom combate, acabou a carreira, guardou a fé.

Bazilia nasceu no Amapá e faleceu em Macapá (AP), aos 85 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo filho de Bazilia, Elielson Ferreira Brito. Este tributo foi apurado por Malu Marinho, editado por Diego Eymard, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 16 de setembro de 2020.