1926 - 2020
Conservou a memória de jovenzinha e viveu para cuidar da família com fé e força, atributos que eram suas marcas.
Era uma mulher forte e batalhadora. Dedicou toda sua vida às pessoas e sempre cuidou de todos, na família e no trabalho.
O trabalho foi algo que manteve dona Benedita ativa enquanto teve forças. Para ela, o momento de parar de trabalhar foi doloroso, não condizia com seu perfil vigoroso e tão ativo.
Ela fazia o melhor bolo de laranja que qualquer um já tenha provado e possuía uma mania muito curiosa de entrelaçar os dedos das mãos e ficar rodando os polegares entre eles. Ah... e sobre suas mãos, adorava estar sempre com as unhas bem-feitas.
Tinha uma memória invejável! Não esquecia nenhuma data e tinha todos os telefones de pessoas próximas na cabeça. E se preocupava com todas.
Toda partida é triste, é verdade. A de Benedita foi agravada por não podermos ter nos despedido de forma apropriada. O nosso adeus ficou preso no coração e em nossos pensamentos.
Benedita nasceu em Jaboticabal (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 94 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela neta de Benedita, Luciana Mandrote de Oliveira Andrade. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Ana Macarini e moderado por Rayane Urani em 8 de fevereiro de 2021.