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Benedito da Silva

1912 - 2020

Foram 107 anos de pescaria, de luz, de sorrisos e de fé em Deus! Mais de um século de uma vida abençoada.

Benedito tinha um sorriso que encantava. Era tão especial que jamais deixou de curtir a vida. Pescava, trabalhava e era feliz! Por onde passava era querido. Ele era o xodó da família.

Além da família, o pessoal da igreja e seus ex-patrões amavam demais Benedito, pois ele sempre foi uma pessoa maravilhosa, gentil e de caráter.

Amava jogar baralho com os filhos, mas o que ele mais gostava mesmo era de pescar — tinha uma disposição enorme.

Foram inúmeros momentos especiais com ele. Todos os anos, em setembro, ele esperava ansioso pela festa de aniversário que sua família preparava para ele.

"Somos muito gratos a Deus por nos ter abençoado e proporcionado momentos incríveis em família e, sobretudo, por Ele ter estado sempre presente nos mais de cem anos de vida meu avô", diz a neta Keila, que complementa: "Ele viveu e nos fez viver!"

Keila contou que Benedito ainda tinha esperanças e muita vontade de encontrar uma filha que não via há cinquenta anos, mas, infelizmente, não foi possível esse reencontro antes de sua partida.

O maior sonho dele era viver bem, com muita saúde e sempre pescando, vivendo a vida com alergia e com Deus no coração.

"Ele foi, ele é, simplesmente, a base da nossa família, o nosso exemplo de amor, respeito, fé e união!", conclui Keila.

Benedito nasceu em Tangará (MG) e faleceu em Uberlândia (MG), aos 107 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta de Benedito, Keila Fernanda Silva. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Lígia Franzin, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 19 de setembro de 2020.