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Carlos Alberto Costa Dórea

1959 - 2020

Assim como o apelido, o coração de Carlão também pulsava no ritmo do aumentativo.

Muito simples e muito alegre. Sempre tinha uma palavra de conforto, um conselho sábio para aqueles que o procuravam em busca de amparo. Acalentava os amigos e a família com uma palavra amiga, e sempre sabia o que dizer.

Tinha muitos irmãos e amava estar em família. Foi casado e aprendeu sobre o amor com uma ótima professora. Teve dois filhos, Carlos Manoel e Juliana Dórea, que tiveram a sorte e o prazer de conhecerem o amor através de um homem incrível. Se reuniam quando podiam e não importava o lugar. Seu lar era onde estavam os seus.

Caridoso e bondoso, fazia tudo pelas pessoas, queria estar sempre ajudando. Estava sempre à disposição. Nunca estava triste, andava por aí sempre com um sorriso no rosto. Era conhecido como Carlão. Carlão amigo, Carlão companheiro, Carlão para todos. Uma pessoa inesquecível.

Era porteiro do hospital Amparo de Maria da cidade de Estância há mais de 20 anos. Respeitado e querido entre médicos, enfermeiros e todos que trabalhavam no hospital. Quando partiu, recebeu uma moção da Câmara de Vereadores de Estância.

Carlão deixa saudade em todos que tiveram a oportunidade de conviverem com ele. Os amigos e familiares sempre se lembrarão dele com um sorriso no rosto, e alegria e fé inabaláveis. O porteiro dono do enorme coração segue olhando e protegendo os que ama, agora do outro lado. Carlão foi incrível, e é fácil saber disso, porque saudade a gente só sente do que foi bom, saudade a gente só tem de quem fez bem.

Carlos nasceu em Estância (SE) e faleceu em Aracaju (SE), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela irmã de Carlos, Tereza Cristina Dórea Pereira. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Bárbara Aparecida Alves Queiroz , revisado por Emerson Luiz Xavier e moderado por Rayane Urani em 8 de março de 2021.