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Carlos Alberto da Cruz

1949 - 2020

Sua marca registrada era o jogo de damas, que praticava todos os dias na frente de sua casa.

Um marido tranquilo e amoroso. Um pai maravilhoso, atencioso e batalhador. Pai de cinco filhos e avô de nove netos, não teve oportunidade de conhecer o décimo, que ainda estava por vir quando Carlos Alberto faleceu. Foi aquele pai que fazia de tudo: desde lavar as fraldas dos filhos até colocá-los para dormir junto ao peito.

Irmão de gêmeo idêntico, adorava contar as aventuras de juventude para os filhos e amigos, como, por exemplo, quando trocava de lugar com o irmão para um ficar com a namorada do outro. Os dois sempre tiveram uma ligação muito grande. Quando um ficava doente, o outro também adoecia.

Homem de coração bom e muito prestativo, adorava ajudar todo mundo que necessitava. Todos se lembram dele como alguém sempre bem-humorado e alegre.

Honesto, era feliz com o pouco que tinha. Por muito anos exerceu a profissão de montador de carros até adquirir uma surdez severa devido à sua ocupação e se aposentar.

Era conhecido por todos porque jogava dama quase todos os dias em frente de sua casa. Além, claro, da cervejinha, da qual ele não abria mão, e das músicas de Roberto Carlos que ouvia no rádio todos os dias pela manhã.

“Foi um homem maravilhoso de todas as maneiras. Dói demais sua perda. Um buraco se formou na família com sua partida”, desabafa a filha Priscila.

Carlos nasceu em Belém (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 70 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Carlos. Este tributo foi apurado por Carla Cruz, editado por Andressa Cunha, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 1 de junho de 2020.