1965 - 2020
Qualquer ocasião era uma oportunidade para reunir os que amava, contar histórias, dar boas risadas e se inteirar de tudo.
Era um homem simples e amava a todos do seu jeito. Viveu com muita intensidade ─ um dia de cada vez, sempre. "Vivia como se fosse seu último dia. Era bonito de ver!", diz a filha Fabiana e complementa: "Fazia suas vontades, as da esposa, dos filhos e dizia: 'Aproveitem ao máximo, porque o presente é o único tempo que importa. Do futuro nada sabemos. Então, se é pra comer... fazer, não deixem para depois'".
Ah, seu Carlos, com ele não tinha tempo ruim, nem corpo mole. Trabalhador, prestativo, não media esforços para ajudar o próximo. Mesmo cansado não parava. Ô homem ativo! E ainda arrumava tempo para celebrar a vida. "Vamos fazer um churrasco?", perguntava ele animado. Tudo era motivo para festa, até motivo algum. Isso porque ele era apaixonado por churrasco, cerveja gelada e família reunida.
Apaixonado pela vida, colocava amor em tudo que fazia. Sempre com um sorriso no rosto, fazia amizade com muita facilidade. Onde chegava encantava a todos com seu jeito único. Um homem guerreiro, com inúmeras qualidades e muitos sonhos que ainda queria alcançar. "Não deu, mas, certamente, continuaremos seu legado. Não vai ser fácil, mas ficaremos juntos como ele nos ensinou", conclui Fabiana.
Carlos nasceu em Nova Iguaçu (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 55 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Carlos, Fabiana Ferreira Ventura. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 17 de janeiro de 2022.