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Carlos Alberto Ferreira

1935 - 2020

Foi o melhor jogador de sueca entre os conhecidos.

Nascido em Portugal, Carlos Alberto cresceu em Bragança, a tradicional província da região de Trás-os-Montes e Alto Douro. Chamado carinhosamente de Garotito, o mais velho de muitos irmãos sempre amou estar no campo, na fazenda, na roça...

Ainda na adolescência partiu sozinho rumo ao Brasil em busca de melhores condições de vida para a família. Trabalhou em muitos bares até montar seu próprio restaurante, "O Rei do Bacalhau". Sua marca de camisas preferidas eram aquelas com um jacaré estampado, e ele usava uma cor diferente a cada dia, de acordo com sua vontade, pois amava o tecido utilizado pela grife francesa.

Viveu muitos anos felizes ao lado da esposa, Lucette. Desse amor nasceu Solange e mais tarde vieram as netas Daniela e Vanessa. O genro, Hugo, era o filho que nunca teve. Em seus últimos anos, suas atividades favoritas eram fazer caminhadas (fosse até o Pão de Açúcar, a Lagoa Rodrigo de Freitas ou a pista Cláudio Coutinho), jogar cartas com os amigos na pracinha do metrô e estar presente todos os dias na vida das netas.

Sempre muito comunicativo e simpático, era querido e especial para todos, que se lembram com carinho do português honrado, do avô brincalhão, do pai amoroso e do melhor jogador do mundo do jogo de cartas conhecido como sueca.

Carlos nasceu em Zoio (Portugal) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 85 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela neta de Carlos, Daniela Ferreira Faria. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Fernanda Ravagnani e moderado por Rayane Urani em 17 de janeiro de 2022.