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Carlos Bernabe Mardones Muñoz

1953 - 2020

O prazer da sua vida foi ensinar seus filhos e não mediu esforços pra isso.

Chamado de "Papai" pelos filhos, "Gringo" ou "Chile" pelos conhecidos, ou ainda apenas Carlos. Era empresário e comerciante, estava sempre viajando e trabalhando, mas no que mais ele investia seu tempo mesmo, era na missão de ser pai. Foi pai de seis filhos: Katia, Bárbara, Karla, Jonathan, Sthefani e Nicolas. Era cem por cento dedicado a cada um deles.

Foi casado três vezes, a primeira esposa: Sonia Teresa, a segunda: Gislene Marques e a terceira, e última: Josiane Queiroz. Foi um amante da vida e o pilar de uma família incrivelmente grande. A pessoa mais admirável em todos os sentidos, ele não era perfeito e sabia disso, por isso sempre tentou ser melhor, não para si próprio, mas para os outros ao seu redor.
Gostava de aproveitar cada segundo, era incansável e amava a vida mais do que qualquer outra pessoa. Nunca reclamava de nada, suas metas vida eram trabalhar, conquistar suas coisas e criar todos os seus filhos ao seu lado.

"Meu pai era a pessoa mais admirável em vida por ser um pai exemplar, ele sempre estava presente na vida de seus seis filhos, mesmo não morando na mesma casa. Sempre tinha tempo pra nós, não importava o que estava fazendo no momento. Não era de dar presentes como brinquedos ou eletrônicos, mas os presentes mais especiais sempre vinham dele, como viagens cheias de aventura e conhecimento.", conta sua filha, Bárbara, que acrescenta: "Meu pai sempre gostou de viajar e ele era bem maluco nesse aspecto, quando eu tinha dez anos levou todos os filhos durante dois meses em uma viagem de carro pela América Latina, saímos da Venezuela e cruzamos vários países até chegarmos ao Chile, seu país natal. A viagem marcou muito nossas vidas pois éramos pequenos e cada dia era uma aventura nova, além do carro quebrar várias vezes no caminho e ele nunca desistir de seguir adiante."

"Deus me abençoou muito com esta vida", dizia ele - estando ou não em uma situação boa.

Um homem batalhador e cheio de virtudes, que chamava a atenção. Era persistente e paciente. Amava a sua família acima de tudo e não ligava para o que os outros pensavam ou como o julgavam. Com certeza, se ele pudesse fazer um pedido, seria para que os seus filhos nunca se separassem e que não abandonassem as suas mães. Além de muita saudade e um exemplo de vida a ser seguido, deixa muito amor e boas recordações.

Carlos nasceu em Vilcún (Chile) e faleceu em São José dos Campos (SP), aos 68 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Carlos. Este tributo foi apurado por , editado por Bianca Ramos, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 1 de junho de 2020.