Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Uma mistura de doçura e fortaleza de que sabia praticar o verbo esperançar.
Amava se arrumar, andar de salto, e não importava se era para trabalhar ou passear.
Amava levantar à noite para comer um docinho escondido.
Professora de inglês. Uma pessoa íntegra, justa e dedicada à família.
Dirigia satisfeito seu Fusquinha verde a caminho da praia, carregando seus dez filhos e sua amada Celina.
Aos 50 anos ingressou na faculdade de Psicologia, e assim, profissionalizou o que já era o seu dom nato: acolher pessoas.
Um querido teimoso que amava a liberdade de poder decidir sobre sua vida.
De personalidade florescente, seu jeitinho decidido sempre vinha acompanhado de amor e carinho.
O prazer da sua vida foi ensinar seus filhos e não mediu esforços pra isso.
Com a carinhosa desculpa de visitar os filhos e sobrinhos, Tia Keia vivia viajando e fazendo novas amizades.
"Sempre que possível, seja útil. E não se esqueça de se divertir; se não for assim, não tem graça", dizia.
Bastou uma promessa do amor adolescente para selar a mudança de estado e a união de duas famílias.
Com seu coração enorme e seu ombro amigo, soube cativar todos ao redor.
Coração imenso de mãe, alma inquieta que amou todas as artes. Anjo que, em vez de asas, tinha pés dançarinos.
Falava com todas as pessoas com o mesmo amor e respeito. Era carinhoso e emotivo.
Era com prazer que se reunia com os seus; abria as portas de sua casa para cafés e festas onde todo assunto era bem-vindo.
"Nunca desistir", era seu lema. Se bem que depois do almoço, ele jogava a toalha e sempre tirava um cochilo.
Suas habilidades culinárias perfumavam toda a casa de amor e cuidado.
Era um médico que se doava totalmente para o povo.
Apaixonado por modas de viola, Jesus sempre levava sua caixinha de som quando ia visitar algum de seus filhos.
Tinha como propósito fazer a vida de quem ele amava mais feliz.
Tinha o costume de chamar os netos para tomarem café juntos e sentarem-se na sacada para conversar.
Era o irmão dos projetos. Com seu jeito organizado e atento, nada nem ninguém era invisível aos seus olhos.
A pessoa mais especial, foi amor puro. Tinha uma personalidade doce, justa, sábia e generosa.
Mantinha o bom astral cantarolando pagodes o dia inteiro.
Como amigo ou como médico, era sempre o mesmo: generoso, dedicado e pontual.
Solidária e dotada de grande empatia, foi uma mulher de fé, amiga de todas as criaturas e seu Criador.
Mãe que venceu na vida: transmitiu sua essência e bons princípios a cada um de seus seis filhos.
Sempre sorridente, gostava de fazer festas, cozinhar e ajudar as pessoas.
Dedilhando as cordas do violão, com olhos fechados, cantava emocionado a canção "Bohemian Rhapsody".
Uma mulher doce e admirável, que amava orquídeas e deixa um exemplo de força e disposição.
Sempre muito engraçada, se transformou na Doutora Abelhinha para alegrar pacientes nos hospitais.
Gostava mesmo era de passear; não dispensava um convite para sair nem que fosse uma ida ao supermercado.
O autor do hino do São José Esporte Clube.
Era tão apaixonada por rios, que escreveu um livro sobre o assunto.
Apelidou seu caminhão de Nave e, sempre que chegava a um destino, postava uma foto com a legenda: "A Nave pousou".
Amava crianças e realizou o sonho de ser mãe aos 40 anos.
O moço de chapéu country na foto do aplicativo que fez a esposa se apaixonar.
Com a máquina Olivetti ou com o computador, escrevia e lutava.