1943 - 2021
Teve a sorte de encontrar e viver um grande amor, eram inseparáveis e viviam momentos de cumplicidade sempre de mãos dadas.
Cecília, mesmo com as adversidades da vida, foi dedicada aos estudos, ela fez Carmela Dutra, Escola de Belas Artes e administração escolar na UERJ, uma renomada faculdade no Rio de Janeiro. Dominava trabalhos manuais, toda ornamentação das festas familiares ela fazia questão de cuidar, organizava bazares, tinha facilidade com pinturas, e trabalhos com porcelanas.
"Nosso encontro foi de almas, meus pais perderam três gestações e resolveram adotar. Meu pai que me apresentou à minha mãe, ela disse que no primeiro momento eu a chamei de mãe. Nós nos escolhemos, ela para ser minha mãezinha e eu a filha dela." conta, Simone.
Cecília enviava foto de tudo que estivesse fazendo para sua filha, qualquer comidinha diferente, seus novos trabalhos, ou uma florzinha nova que houvesse nascido. Apesar da distância sempre se fez presente; nem que fosse por chamadas de vídeo para ver os netinhos após chegarem do colégio.
Avó de três, dedicava-se em tempo integral, a temporada de férias era esperada o ano inteiro pelas crianças, para ficarem na casa dos avós.
O casal que se conheceu na adolescência dentro de um ônibus, fez bodas de ouro em janeiro desse ano. Cecília foi extremamente feliz com o amor da sua vida, Rui.
"Ela falava que o amor deles estavam escrito bem antes deles se conhecerem. Era visível a cumplicidade. Admirava as mãos entrelaçadas vendo TV no sofá.", diz Simone.
Sua casa era sempre o ponto de encontro entre os familiares. Cecília fazia questão de reunir a família toda em casa para as noites de Natal, e assim ter seus cinco irmãos por perto.
Sempre foi uma mulher religiosa, não perdia nenhuma festividade da Igreja católica, e demonstrava ter muita fé. Com um coração imenso, se colocava à disposição para resolver qualquer problema.
Mãe e avó dedicada, Cecília reluzia amor e compaixão.
História de casal; para conhecer a homenagem feita ao esposo procure por Rui Alves Barros.
Cecília nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 77 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Cecília, Simone Calil Barros . Este tributo foi apurado por Luma Garcia, editado por Luma Garcia, revisado por Ana Macarini e moderado por Ana Macarini em 8 de dezembro de 2021.