Claudia Aparecida Barbosa

1969 - 2021

Movida por sua alma incansável, formou todos os filhos com seu trabalho, fosse à frente de uma sala de aula ou ao volante.

Claudia nasceu em Mato Verde, Minas Gerais, filha de Josefina e Geraldo, tratados carinhosamente como Dona Zefa e Sr. Nego de Alfredo.

Uma filha excelente para os pais; carinhosa, compreensiva, dedicada e irmã atenciosa de Erasmo e Odilene. Estudou até o Ensino Médio em sua própria cidade, onde foi uma aluna exemplar e uma colega contagiante com seu sorriso e alegria sempre estampada no rosto.

Casou-se aos 15 anos, teve os gêmeos Wagner e Victor Hugo e Andiara Luiza, pelos quais não mediu esforços para criar e educar, lutando ferrenhamente para o bem-estar de todos que a rodeavam.

Em 2001 mudou-se para Piracicaba, em São Paulo, onde alugou uma casa e levou sua irmã Odilene e sua filha Andiara. Lá começou a trabalhar em uma Escola Infantil, para iniciar uma nova história em sua vida. Com dedicação e responsabilidade, tornou-se coordenadora pedagógica, sempre sonhando conseguir levar seus outros dois filhos que haviam ficado em Mato Verde, para lhes dar mais estudos e um futuro promissor.

Certa vez, ao ver uma moça dirigindo um micro-ônibus na rua onde morava, agitou-se o sangue de motorista que corria em sua veia familiar. Ela lembrou de sua origem e que viu o pai dirigindo caminhão a vida toda. Foi o bastante para fortalecer sua vontade de crescer e, consequentemente, aumentar sua renda para sustentar sua família.

Esforçou-se e conseguiu conquistar a CNH que possibilitou-lhe concorrer a uma vaga de motorista em uma empresa de transporte público, e conseguiu. Finalizou sua trajetória após dirigir por 15 anos.

Durante essa jornada de muitos esforços, conseguiu formar seus filhos, comprar sua casa, seu carro e curtir sua vida, sempre esbanjando alegria e felicidade estampadas e confirmadas em cada foto que ela postava.

“Agora tudo é triste, as lágrimas caem sem aviso e a esperança parece menor. Mas a verdade é que a vida continua e seu legado fica como exemplo para todos nós. Não podemos desistir, jogar fora toda alegria e fechar as portas a todos os sorrisos. É preciso ter fé no amanhã e aceitar os desígnios de Deus”, diz resignadamente sua filha Andiara.