1952 - 2020
Muito trabalhador, não media esforços para alcançar seus objetivos, criar seus filhos e ajudar o próximo.
"Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé" era um versículo que Cláudio gostava.
Um homem muito trabalhador, desde criança, Cláudio teve que sair para as ruas para ganhar dinheiro para comprar seu material escolar vendendo sacos ou bombons porque gostava muito de estudar, mas era um desafio.
Foi casado por 46 anos e lutou para criar seus quatro filhos. Gostava de ajudar crianças e mulheres grávidas, não media esforços quando alguma mulher conhecida estava em trabalho de parto e levava para o hospital, não importava a hora que fosse.
Trabalhou nos Correios de Belém por vinte e três anos, mas foi aposentado em 2001, por conta de um derrame cerebral que o deixou sem os movimentos dos braços, mãos e pernas. Depois de muita fisioterapia, voltou a andar, "jogando" a perna esquerda.
Gostava de sair para resolver as coisas, ficar em casa, nem pensar. Toda manhã saía, nem que fosse para ir ao supermercado ao lado de onde morava, para comprar um jornal ou caça-palavras que gostava. Foi nessas saídas que ficou doente, mesmo seus filhos avisando que não podia porque se fosse contaminado, por ter doenças crônicas, seria muito difícil sobreviver. Mas não deixava de sair.
"Hoje só nos restam a saudade e as lembranças nas fotos que temos, de vários momentos que passamos juntos", dizem os filhos Claudia, Claudilene, Ezequiel, Claudiceia e sua esposa, com quem completaria quarenta e sete anos de casamento em junho de 2020.
Cláudio nasceu em Abaetetuba (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Cláudio, Claudilene de Fátima Trindade de Carvalho. Este tributo foi apurado por Hélida Matta, editado por Raiane Cardoso, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 12 de agosto de 2020.