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Clemilton Isaias Torres

1951 - 2020

Tinha pressa para tudo, e por isso, viveu intensamente.

Era recém-aposentado pelo Tribunal da Justiça do Trabalho e também era professor.

Cléo era um manauara que adorava o nordeste e o mar, principalmente o mar de Pernambuco, por tudo que encontrava naquela cidade: sua família, a praia de Boa Viagem, o Alceu Valença, a música La Belle de Jour... o calçadão, a água de coco. Depois de 48 anos afastado, em 2000, ele reencontrou a família paterna em Pernambuco e de lá para cá, todos os anos viajava para o nordeste, o que explica todo esse amor pela cidade.

Também era um apaixonado pelo Vasco, seu time do coração, e também gostava de jogar dominó.

Homem alto, esguio, honesto, ele era casado com Wilma. Tinham sete filhos (Eidy, Adriana, Alexandre, Beatriz, Bianca, Adriely e Giulia) e sete netos (Graziela, Hanna, Heitor, Guilherme, Maria Clara, Valentina e a Ayla).

Amoroso e educado, tinha sempre um sorriso para cada um.

Irmão mais velho de nove, chegou a assumir o papel do pai, para os mais novos, quando este se foi.

"Os janeiros em Pernambuco nunca mais serão os mesmos, sem a alegria do querido irmão e amigo, que fez tão feliz aqueles que conviveram com ele", diz Amarisa.

Clemilton nasceu em Manaus (AM) e faleceu em Manaus (AM), aos 68 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela irmã de Clemilton, Amarisa Torres Egito. Este texto foi apurado e escrito por Alessandra Capella Dias, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 26 de junho de 2020.