Cristian Bezerra Pereira

1974 - 2020

Até falando sério ele conseguia ser engraçado.

Um grande amigo, carinhosamente conhecido como "Bola". Encontro que aconteceu no segundo grau, nos anos 90. A turma que virou uma grande família. Irmãos por opção que desejam que o Cristian seja celebrado com a sua alegria pitoresca. Não era uma alegria escandalosa. Era como suas estórias, suave. E, no final, deixava aquela dúvida: afinal era verdade? Até quando ele falava sério, era algo engraçado: "Vou te pegar lá fora barrigudo!"

Tinha defeitos. E quem não os têm? Não era perfeito, mas não dá para imaginar as aventuras sem ele, pois nelas, encaixavam-se perfeitamente suas imperfeições.

Sua partida desse plano talvez seja o início da retomada de algo esquecido nos últimos tempos; a vida é fugaz. O amor que temos pela família e pelos amigos é muito maior e importante que qualquer diferença ou discordância.

Que seja feita uma homenagem, um encontro, no mundo real, quando essa crise passar. Pela alegria, pelo Cristian, pelos que ficaram.

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Cristian era um cara gente boa. Gente boa em tudo. Era dedicado à sua mãe, em todos os momentos, e à sua família. Seu jeito e cara de sério, bravo escondiam um coração mole e cheio de sonhos. Não podia ver ninguém chorar e precisando de ajuda que já ia correndo ajudar.

Era superinteligente e estudioso. Sua estante de livros comprovava sua dedicação. Gostava de coisas simples, tinha curiosidade por diversas áreas de conhecimento além dos estudos para concurso, como pesca, fotografia, lugares e literatura.

Era superligado na tecnologia. Tinha um raciocínio rápido e as respostas estavam sempre na ponta da língua.

Por quatro anos e meio se tornou a paixão da sua filha de coração Yasmin e vice-versa. Era um laço tão lindo e cheio de sentimento que, até na fisionomia, começaram a se parecer. Era um amor que nem ele sabia explicar.

Cristian trabalhou muito, lutou e relutou até o último minuto.