Cristiano Pereira de Lemos

1979 - 2020

O amor que cultivou com Carolina floresceu e gerou Maria Luiza e Giovana, cumprindo a missão de ser pai.

Cristiano era filho único de dona Maria de Lourdes, um rapaz muito dedicado e trabalhador que encontrou na Carolina a companhia perfeita para juntos construírem uma linda família. Duas filhas amorosas, Maria Luiza e Giovana, eram suas grandes paixões. A razão pela qual vivia todos os dias com determinação e alegria, apesar das dificuldades.

Era motorista de profissão e motorista dos bons! Muito dedicado e responsável era admirado por todos no trabalho. Tinha bons relacionamentos, era amável e excelente profissional, mas se orgulhava mesmo era de ser pai. Essa sempre foi sua maior vocação. Fazia de tudo pela felicidade e bem-estar das filhas. Pai como ele não existiu. Não media esforços para estar com as filhas e lhes proporcionar momentos simples, mas alegres e inesquecíveis.

Os braços do pai eram os melhores disponíveis e mesmo com as filhas irem crescendo sempre cabiam as duas. O pagamento pela oferta do colo fofinho vinha em sorrisos e abraços de gratidão pelo amor expresso em tão simples gesto. Amava sair para passear com as meninas, elas se divertiam com o pai quando juntos ficavam em casa escutando músicas da MPB. “Como é grande o meu amor por você" era a canção que representava o trio e que após a partida precoce do pai embala a saudade das filhas de 9 e 5 anos de idade.

Vê-las crescendo, garantir que a elas nada faltasse, além do amor, fez com que esse pai tomasse uma atitude extrema, em plena pandemia aceitou um emprego em situação que o deixava muito vulnerável à contaminação. Os corações aflitos da mãe e da esposa o aconselhavam a esperar um pouco mais até as coisas melhorarem, que financeiramente conseguiriam se acertar, mas o desejo de ser útil e de contribuir com a manutenção da casa não permitiram que Cristiano recusasse a oferta de emprego. Ele dizia que precisava garantir o iogurte e os biscoitos das filhas.

Mesmo acometido pela doença seu coração continuava a ser cem por cento de amor pela família e fé na recuperação. Sua generosidade como ser humano nunca será esquecida. Um homem de coração puro que nunca guardou rancor. Pagou o mal que lhe fizeram sempre com o bem. Foi justo e honrado. “Foi o melhor homem que conheci” relata emocionada a esposa, que se lembra do marido carinhoso e presente que foi.

Ele sempre será lembrado por sua bondade e amor. Um ser de luz que será lembrado com saudade.