1972 - 2020
Acolhia com seu sorriso sincero e lutava por moradia e saúde para os mais necessitados.
Como Agente Comunitária de Saúde, Dalete fez da solidariedade, da partilha e do compromisso os seus ideais. Militava na luta por moradia, saúde e vida digna, na Favela da Árvore e no Parque da Cidadania, em São José do Rio Preto, São Paulo, onde vivia com o marido e os três filhos — Ricardo, Taísa e João Vitor.
Quem conta é a professora e amiga Maria Aparecida: “Era mulher guerreira, batalhadora, solidária, atuante, sorriso aberto, com ela não tinha tempo quente!” Dalete também não poupou esforços para estudar e concluir o curso de Serviço Social.
Mesmo com a pandemia, não deixou um só momento de pensar nos que mais precisavam de auxílio, nem de ir ao encontro destes. Buscou e distribuiu marmitas até quando conseguiu doações. Depois, passou a fazer sopão na sua própria casa, com a ajuda das companheiras do bairro, e seguiu entregando solidariedade.
Mãe, mulher, companheira, Dalete teve uma vida de luta e era conhecida e respeitada por todos. Não foi à toa que, em sua homenagem, a Câmara de Vereadores da cidade criou a Semana dos Movimentos Sociais "Dalete Ferreira", na primeira semana do mês de outubro. Mais ainda, ela também ganhou a placa de entrada dando nome ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Parque da Cidadania.
“Seu sorriso acolhedor nos fortalecerá sempre”, conclui a amiga.
Dalete nasceu em Paranaíba (MS) e faleceu em São José do Rio Preto (SP), aos 48 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela amiga de Dalete, Maria Aparecida Trazzi Vernucci da Silva. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Fabiana Colturato Aidar, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 24 de maio de 2022.