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Daniel Afonso do Nascimento Reis

1967 - 2021

Ele tinha um olhar compreensivo sobre tudo. Ponderava e pensava sobre as coisas que aconteciam, sem se precipitar.

Daniel cresceu no sul fluminense com os pais, José Mauro e Diva e os irmãos Luiz Mauro, Cristina e Lúcia. Desde pequeno gostava de números e por isso, seus primeiros trabalhos foram em bancos. Logo formou-se em Engenharia Civil.

Conheceu Glenia na juventude, por intermédio de uma amiga em comum, que convidou os dois para a mesma festa. O namoro engatou rápido, depois veio o noivado. O casamento aconteceu dez anos depois do primeiro encontro, em 1995. Para os sogros, Regina e Clebis, foi como se ganhassem mais um filho.

Mudou-se para São Paulo em busca de emprego. Nesta época morou por um tempo com amigos, até conseguir trabalho. Quando começou a trabalhar com logística de facilites levou a esposa pra capital paulista, onde os filhos nasceram: João Pedro e Julia.

Daniel era uma pessoa muito gente boa, reservada e um excelente amigo. "Todo mundo que se aproximava se encantava pela espontaneidade, ele era sempre certeiro com as palavras". Amigo brincalhão e carinhoso, com o qual podia-se contar para qualquer coisa. Amava tomar uma cerveja, gelada ou quente, não importava, ele gostava de todo jeito! Também gostava de fazer trilhas de jipe e de moto.

Sua principal característica era o olhar de compreensão que ele tinha para todas as situações, não entrava em atrito por nada.

Após sua partida família e amigos plantaram ipês, na Serra de Penedo, onde moram os pais da Glenia, em uma celebração pela vida Daniel, que deixa muita saudade e boas lembranças.

Daniel nasceu em Volta Redonda (RJ) e faleceu em São Caetano do Sul (SP), aos 53 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela comadre de Daniel, Fernanda Fernandes Vitorino. Este tributo foi apurado por Larissa Reis, editado por Rayane Urani, revisado por Emerson Luiz Xavier e moderado por Rayane Urani em 2 de junho de 2021.