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Danil Dias Klein

1949 - 2020

Uma palavra que o definiu: amigo. Estava pronto para ajudar quem precisasse.

Danil foi um homem totalmente dedicado à família, vivia por ela. Dedicava-se ao trabalho, com o objetivo de nunca lhes faltar nada. Um eterno apaixonado por sua esposa, Fatima, que esteve ao seu lado por quarenta lindos anos. Dessa união, nasceram seus dois amados filhos: Adriana e Vitor.

Era muito comunicativo, adorava conversar, fazia novas amizades com muita facilidade. “Todos que tiveram o prazer de conhecê-lo, sabiam que uma de suas grandes virtudes era ajudar quem precisasse”, relata sua filha. Sempre muito prestativo e preocupado com o próximo, não pensava duas vezes para fazer um favor a alguém, independentemente de quem era. E quando fazia algo, com certeza, era com amor e total dedicação.

Era caseiro, não fumava, e bebia raramente, apenas uma latinha, em ocasiões especiais. Sua bebida predileta era água, e quando tinha uma dor de cabeça, pedia com muita delicadeza: "Por favor, se não for incomodar, me arruma dois dedinhos de café." Sempre modesto, achava que poderia incomodar ou atrapalhar, então falava da forma mais educada possível, com qualquer pessoa.

Amigo. É assim que todos o chamavam e assim será lembrado. Amante de carros, um verdadeiro apaixonado, conhecedor de toda a parte mecânica, o que o fez um excepcional profissional em sua área. Conhecido também por ser muito responsável, experiente e pontual.

Em casa, era um superchefe de cozinha. “Amava preparar inúmeras delícias, inventar novos pratos. E não ficava por aí, ajudava nas tarefas de casa, pois seu pensamento era que o homem deve ajudar nas tarefas, e era mais uma das coisas que fazia com amor”, comenta Adriana.

Supercuidadoso com seus filhos, sempre ligava para saber como estavam. “Fazia questão de agradar preparando lanches da tarde, comidas preferidas, entre outras coisas. Adorava fazer aquele churrasco. Torcedor do Botafogo, gostava de assistir ao futebol com seu filho Vitor.”

Outra característica especial era que amava os animais. Católico, foi um homem de fé, acreditava muito em Deus. Devoto de Santa Edwiges e São Jorge.

Entre suas atividades preferidas, adorava ir ao supermercado. Lá fazia muitas amizades. Sua filha conta que “era amigo do açougueiro, do gerente, dos faxineiros e dos vigias... Chegava e todos o cumprimentavam, e isso, na maioria dos supermercados, mercadinhos, sacolões ou até mesmo nas lojas de ração da região onde morava”, definitivamente, Danil foi muito conhecido e querido.

Adriana fala emocionada: “Ninguém acredita que ele se foi, parece que uma luz se apagou.” Definitivamente, Danil fará muita falta, porém, deixou um legado. Foi um homem exemplar, ótimo pai, esposo, amigo e colega de trabalho; sempre muito brincalhão, conseguiu enxergar e extrair apenas coisas positivas das pessoas. Danil viveu intensamente, rodeado de pessoas e de felicidade.

Danil nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 70 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Danil, Adriana da Silva Klein. Este tributo foi apurado por Jonathan Querubina, editado por Marcela Matos, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 31 de agosto de 2020.