David Ferreira dos Santos

1977 - 2020

Era muito prestativo, sempre ajudou as pessoas. Amava os animais e era um mecânico de mão-cheia.

David era um mecânico de mão-cheia, trabalhava com amor. Gostava de colocar apelidos nas pessoas. “Conversador que só ele, também fazia a gente rir muito”, conta a esposa Gigliane.

David sempre foi muito alegre e gostava de pilotar sua moto, costumava dizer que nela, ele voava. Tinha mania de limpeza. “Juntos vivemos muitas histórias engraçadas. Nossa noite de núpcias foi na UPA, porque ele era diabético e passou mal, talvez por algo que comeu na festa. Fiquei lá com ele, vestida de noiva”, relembra Gigliane da passagem engraçada em plena lua de mel.

O sonho de ter a própria oficina se realizou ao montar, na garagem de casa ─ com o consentimento da esposa ─, seu local de trabalho. Lá, ele era conhecido como “Faísca” por alguns clientes. Já a mãe chamava David de “Neguinho”, enquanto para a esposa ele era o “Amor”. “Não tem um dia que eu não me lembre dele, vivíamos juntos o tempo todo”, comenta ela, a quem o marido sempre dizia que era a melhor coisa que havia acontecido em sua vida.

David gostava muito de melancia, mas não podia comer, assim como as uvas que, por causa da diabete, precisava evitar. “Eu cuidava muito dele em relação ao controle da glicemia”, afirma a esposa.

Ele também gostava muito das cachorras, nutria por elas um amor incondicional e, quando dormia, dizia que ia voando à casa da mãe para ver Jade e Racuim em sonhos.

Era um esposo dedicado e tratava as enteadas como se fossem suas filhas. “Minhas filhas, Giselle e Désirée, eram muito amadas por ele, assim como o pequeno Leví, filho de Désirée, que era o neto querido dele”, afirma Gigliane e conclui: “Sinto muito a sua falta. Você deixa muitas saudades, David.”