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Dimitrios Marcos Hatzimarkou

1951 - 2021

Amava sua família no seu jeito, literalmente, grego de ser.

Um grego que abraçou o Brasil onde construiu a coisa mais importante da sua vida: a família. Sua mãe ainda vive na Ilha de Rhodes e de lá ele sempre guardou as melhores lembranças. Kremasti, sua pequena cidade natal banhada pelo mar Egeu, um dia o fez sonhar longe e grande. Assim chegou ao Brasil.

“Excelente marido, pai, avô e sempre muito ativo, não media esforços para ajudar os filhos e netos”, conta sua filha Dimitra. Sabia fazer de tudo um pouco e se desdobrava até conseguir o que queria, o que geralmente beneficiava seus entes queridos.

Dimitrios era técnico em eletrônica e sempre se dedicou com afinco ao seu ofício. Excelente profissional, tinha muitos talentos que sempre empregava para ajudar alguém.

Sua família estava sempre em primeiro lugar e lhe enchia a alma de alegria. Era muito caseiro. Talvez porque tudo o que precisava encontrava dentro de casa onde estava cercado das pessoas que amava.

Era reservado mas tinha seu próprio jeito de mostrar carinho. Era com os netos que se soltava um pouco mais mudando-lhes o nome para provocar reações de afeto. “Chamava sua neta Ana Beatriz, de Ana Banana e seu neto Davi, de Davicoco”, lembra Dimitra.

Com sua esposa Denise, que amava e dividia suas dores e alegrias, vinha dando continuidade a sua grande missão na vida que era ver seus filhos bem e felizes.

A dor da saudade é muito grande mas o exemplo de vida de Dimitrios fica na memória e no coração de todos aqueles que foram tocados por sua generosidade e prontidão para fazer o bem.

Dimitrios nasceu em Kremasti (Grécia) e faleceu em São Paulo (SP), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Dimitrios, Dimitra Ariadini Hatzimarkou. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Míriam Ramalho, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Lígia Franzin em 6 de maio de 2021.