Eder Henrique Viana

1982 - 2021

Dos limões do quintal de casa, nasceu, na infância, a vocação para as vendas que o acompanharia vida afora.

Eder Henrique foi criado no Paraná com sua mãe e a avó. Ana Paula, sua companheira, conta que o menino “era como um pássaro, solto no quintal, brincando com seus amigos e primos”. Desde a infância demonstrou vocação para ser vendedor – profissão que escolheria na vida adulta. “Ele era vendedor desde pequeno. Coletava os limões do quintal e os vendia para comprar aquilo que queria e também algum ‘mimo’ para sua irmã, a Soninha. Ele não media esforços para ver o sorriso da irmã — que, na verdade, para ele era como filha, pois desde muito cedo ele cuidou dela com muito amor. Nessa brincadeira, virou um grande vendedor, tornando-se representante comercial, até quando decidiu transferir-se para Goiânia”, ela recorda.

No Centro-Oeste, fez amigos e evoluiu no aspecto profissional, alcançando a posição de Coordenador de Vendas de uma multinacional, batendo todas as metas e treinando grandes vendedores.

Eder e Ana Paula conheceram-se a partir de um amigo em comum. A relação foi intensa desde o início. Ana Paula conta que, depois do primeiro beijo, passaram-se trinta dias até irem morar juntos e formarem a família. Nos quatro anos de convivência, tiveram a pequena Noales. “Foram quatro anos em que Deus me permitiu conhecer e aprender com ele”, resume a companheira.

“Domingo era sua folga e íamos sempre ao Parque Boa Vista. Ele brincava muito com Noales, a nossa princesa; sempre foi um pai muito dedicado, muito presente na vida dos filhos”, enfatiza Ana Paula. Eder também foi pai de Lucas, Natália, Miguel e Arthur. A família era motivo de muita alegria na vida de Eder.

Quando tinha mais tempo de folga, era comum voltar ao Paraná para visitar a mãe, a irmã e outros familiares. Esse era um momento muito especial para ele: sua alegria era vista nos olhos e seu sorriso era lindo quando falava "vou lá ver minha mãe". Ana Paula lembra que a mãe de Eder, Marcela, era a melhor amiga dele.

Eder Henrique será sempre lembrado por ser um motivador de pessoas. Um pai atencioso, um filho maravilhoso e um marido espetacular, dedicado em tudo que fazia. O seu trabalho era transformar vidas, motivar pessoas a superar seus obstáculos e bater suas metas diárias. E caso nada desse certo, ele dizia “entrega pra Deus e descansa; seja forte como o leão da tribo de Judá”.

“Não havia problema algum que abalasse o seu otimismo e a sua positividade”, diz Ana Paula, que valoriza a importância de Eder para a sua própria vida: “Ser humano de espiritualidade e coração gigantes, como marido ele vai ser lembrado como referência. Com ele aprendi a me amar, me valorizar e jamais aceitarei menos do que eu tive. Se hoje eu sou essa mulher forte devo muito a ele, sou eternamente grata por tudo que ele me proporcionou. Até o dia do nosso reencontro”.