Eduardo da Silva Porto

1963 - 2020

Um homem correto, calado e muito trabalhador.

"Meu nome é trabalho!", assim ele mesmo dizia. Eduardo nasceu em Belém, mas sua paixão da vida toda foi a pequena cidade de Monte Alegre, também no Pará. Foi lá que construiu sua vida e teve um lindo casal de filhos. Ele se orgulhava das crianças e, apesar de ser tão reservado e sério no trabalho, ao chegar em casa abria os braços com alegria para seu caçula de apenas 6 anos e dizia: "Baço papai", ao mesmo tempo em que o filho corria para os seus braços com a certeza do amor paterno. A esposa conta que "a chegada de Davi renovou Eduardo".

Exceto aos olhos do pai, a outra filha já não era mais uma criança. Marcelle, agora Dra. Marcelle, apesar de não morar mais com o pai, também era motivo de muito orgulho. Ele pôde contemplar a formatura da primogênita, porém tinha receio de não poder criar o Davi.

Em seus momentos de descanso, seu bichinho de estimação ─ o Teozinho ─ e a TV a cabo eram suas maiores distrações. Amava assistir aos diversos programas disponíveis, principalmente aos filmes.

Era torcedor do Botafogo e passou o gosto para Davi, seu filho mais novo. Gostava de ir às praias de Santarém para relaxar com a família.

No momento da internação, com os olhos marejados por não poder abraçar o filho, confiou um último olhar à sogra, dona Cleide, e disse: "Cuide bem do meu filho".

"Ele foi um guerreiro e, mesmo nas circunstâncias em que se encontrava, foi forte e nunca reclamou. Os médicos, da equipe que o acompanhava, disseram que ele manteve a calma o tempo todo. Todos sabiam que ele desejava estar junto dos filhos, mas ele manteve a calma", conta a esposa.

Sua partida foi um choque para Davi que, quando soube que seu pai "agora iria morar lá no céu", disse: "Igual ao Vovô Edu!"

Eduardo Porto deixou um vazio em suas duas farmácias, às quais dedicou sua vida; mas o vazio deixado nos corações de seus familiares foi ainda maior. A mãe, dona Berna, os dois filhos e Eucleia, a esposa e companheira dele por nove lindos anos, apegam-se à fala do pequeno Davi e creem que agora Eduardo e o Vovô Edu estão juntos no céu olhando pelos que aqui ficaram.