Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Um homem guerreiro, um homem muito sonhador...
Adson era o "homem-gentileza". Um funcionário público adorado que sonhava em ser vereador.
Criado no interior da Amazônia, conhecia os mistérios da floresta e contava histórias que encantavam os netos.
Um homem correto, calado e muito trabalhador.
Dono do bigode que mudava de cor quando tomava açaí.
Entre partos, rezas e doces, a matriarca ensinava a valorizar o que importava.
Pedreiro talentoso e detalhista, era também muito fã de Roberto Carlos, que gostava de ouvir aos domingos.
Na lembrança da sobrinha, ele foi o tio que a embalou ao som de canções.
Era um sonhador! E ainda, o anjo protetor do irmão caçula.
A alegria das festas e o sorriso dos amigos, família e pessoas queridas.
Torcedor do Fluminense, contagiava a todos com sua alegria.
Passava horas mexendo em seu fusquinha azul e amava tocar sua sanfona.
Um lavrador que fazia amigos com facilidade.
Estava sempre fazendo alguma coisa em algum lugar. Ninguém faz a lasanha de domingo como ela.
Ganhou muitos filhos do coração ao longo da vida, em seu colo maternal cabia o mundo.
Costureira dos vestidos de boneca das bisnetas, Maroca gostava de ver seu sítio sempre cheio de gente.
Foi amada sem medida. Pessoa de um coração grande e doce.
Mestra na arte de ensinar, transcendeu os limites dos currículos escolares. Seu legado será eterno.
Homem de Deus, era presbítero da casa do Senhor e nunca negou sua fé.
Trazia a serenidade em sua voz, era a segurança no meio de qualquer tempestade.
Fazia os partos locais por amor e vocação. Uma mulher que teve sempre com ela o dom do servir.