Edvaldo Dodorico

1970 - 2020

Um homem alegre e bondoso que amava ouvir músicas antigas e experimentar novos sabores.

Edvaldo tinha o apelido de Dodô. Trabalhava como motorista e conhecia as ruas de São Paulo como a palma da sua mão.

Quando estava de folga, costumava curtir a família e andar de bicicleta.

O motorista prezava um bom prato de comida, de tal modo que a curiosidade por sabores e lugares inéditos o acompanhavam.

Ademais, ele gostava de escutar músicas antigas e, segundo a esposa Cleuma, ninguém nunca o viu triste.

O casal teve uma história de dezoito anos de união, cujos frutos são Ana Valéria, com 16 anos, e Pedro Gabriel, de apenas nove meses.

A família e os filhos eram para Dodô o que havia de mais importante na vida; muito embora, ajudar as pessoas também tivesse enorme relevância para ele.

Certa vez, em razão de uma entrega, a esposa acompanhou Edvaldo em um trabalho até o interior de São Paulo. No caminho, pegaram uma tempestade com alagamento e se depararam com um motociclista em apuros. "Sem nem conhecermos aquele senhor, ele ofereceu ajuda e colocou a moto no caminhão. Aquilo me fez perceber o homem que ele realmente era", conta Cleuma orgulhosa.

Segundo ela, a humildade e a compaixão são o maior legado deixado pelo marido. Pensamento este compartilhado com a amiga Mary que diz: "Meu lindo amigo de infância era uma pessoa bondosa e sempre disposta a ajudar. Vai fazer muita falta!"

Mas o motorista também merece ser lembrado pela trajetória ─ de batalha e garra para o trabalho ─, sempre baseada na honestidade.

Seu último contato com a família aconteceu por uma chamada de vídeo. "Conseguimos dizer a ele o quanto o amávamos. Durante a ligação, oramos e ele escutou o filhinho dizer "Papai”, relembra a esposa.

Para Dodô, Deus estava no controle de tudo.