1957 - 2020
Um vascaíno apaixonado que tinha a engraçada mania de colocar apelido nas pessoas especiais.
Elias ou Velhinho, como era carinhosamente chamado pela esposa, foi taxista, um exímio motorista, diziam.
Pai amoroso de dois filhos, teve a alegria de ver sua única neta entrar na Universidade. Mas talvez o papel mais importante da vida de Elias, tenha sido aquele que exerceu durante quarenta e dois lindos anos: ser o amor da vida de Sueli e ela, o seu. Sua maior preocupação era aliviar os serviços domésticos para ela: lavava, passava, cozinhava... O maior prazer,sem dúvida, era o de estar com Sueli.
E como amou... ! Por isso, é sempre lembrado com igual amor. “ Quando precisei de um sogro, tive um pai ”, confessa sua nora Michelle.
Figura engraçada, de sorriso aberto, cheio de caras e bocas, alegria que dava gosto de ver. Alma caseira, Elias tinha enorme prazer em ficar com a família. De Sueli, um companheiro sempre presente. Tanto que, mesmo não sabendo o que o aguardava, juntou fôlego e ,ao escolher bem as palavras, confessou o que todos já sabiam: “Cuida da Sueli.”
Elias nasceu de Araguacema (GO) e faleceu de Manaus (AM), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido nora de Elias, Michelle. Este texto foi apurado e escrito por Victória Spínola, revisado por Cristina Magalhães e moderado por Rayane Urani em 31 de maio de 2020.