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Enio Mendes Junior

1962 - 2021

Vivia rindo e amava cafuné. Era a pessoa mais amorosa do mundo.

O que Enio mais gostava de fazer nas horas livres era viajar e passear. "Qualquer coisa que fosse feita na companhia dos amigos e da família. Também amava uma boa conversa", conta a prima Lylian.

Era um agregador de pessoas: amigos, familiares, maçonaria, Rotary, igreja. Adorava churrasco, "aliás", complementa a prima, "ele adorava comidinhas". Como as empadas da prima Lygia o mate gelado "da Merenciana", sua avó. "Tomávamos esse mate quando crianças na casa da minha avó. E já adultos, tínhamos de fazer para ele sempre que vinha nos visitar", comenta Lylian.

Por mais de três décadas era o parceiro inseparável da esposa Gisele, com quem tinha três filhos. "Era um pai orgulhoso de três filhos lindos e educados como ele. A família era tudo para ele", diz ela. Nos últimos anos, cuidava, com amor, da mãe Maria Helena, que tinha Alzheimer.

Enio era um advogado admirável e brilhante, conhecido no seu trabalho por ser um "gentleman". Chamavam-no de "cavalheiro". Dedicava-se à Funap (Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel de Amparo ao Preso), que planeja, desenvolve e avalia programas sociais para os presos e ex-presidiários das 142 penitenciárias do Estado de São Paulo, em conjunto com a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária). Enio era muito admirado pelos colegas.

Enio nasceu em Sorocaba (SP) e faleceu em Sorocaba (SP), aos 59 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela prima de Enio, Lylian Concellos. Este tributo foi apurado por Ticiana Werneck, editado por Ticiana Werneck, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 15 de maio de 2021.