1938 - 2020
Mãe, mineira, meiga e feliz. Adorava dançar.
"Isso já é falta de educação", sempre dizia ao se referir a algo extraordinário em beleza ou sabor.
Era o caso de seus pastéis. Quem não amava os famosos pastéis da Eny! Seja numa reunião familiar ou entre os vizinhos, não podiam faltar os seus pastéis.
Mas não era boa só na cozinha: adorava dançar. Quando jovem, era levada pelo irmão, Paulo, aos bailes da sua cidade natal.
Foi para o Rio de Janeiro aos 23 anos, acompanhando a família, que buscava uma vida melhor. Após 5 anos na cidade, casou-se com Ubiratan, o Bira, e com ele dançava em casa todos os finais de semana; para a alegria do casal e dos filhos que tiveram.
Aos filhos, deixou um único pedido — pediu que, após sua partida, eles se mantivessem unidos e companheiros.
Eny nasceu em Ponte Nova (MG) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 81 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Eny, Ana Lúcia da Silva Simões. Este texto foi apurado e escrito por Patricia Chirico, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 22 de junho de 2020.