1940 - 2020
Cumpriu com todos os compromissos e honrou sua palavra, até o fim.
Brancatti, assim que ele era chamado pelos amigos da turma da Epcar de 59, para diferenciá-lo do filho e do neto do coração, que têm o mesmo nome: Eros.
Na adolescência, foi morar na cidade do Rio de Janeiro. Casou-se com Sueli e tiveram um único filho. Foram 53 anos de casamento.
Foi administrador de empresas, adorava ouvir música e almoçar com a família e os amigos. Sempre anotava em sua agenda os horários de chegada e de saída das visitas.
A cada último dia do ano escrevia na sua agenda: “Feliz ano novo para nossa família”.
Muito amoroso, atencioso, responsável, comprometido e sensível. Eros também adorava ser paparicado.
Na última conversa, ao telefone, quando ele já estava internado, disse à nora Camila: “Você faz muita falta aqui”. "A nora favorita", como ele sempre fazia questão de chamá-la - e ela respondeu: “Você também, em breve iremos te buscar. No momento, esse é o local mais seguro para você agora”.
Eros era a tradução da palavra grega do seu nome: amor.
Eros nasceu em Caçapava (SP) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 79 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela nora de Eros, Camila Augusto. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Mateus Teixeira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 4 de junho de 2020.