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Euci de Araújo Claro

1943 - 2020

Teve uma vida difícil, mas com sua fé e força inabaláveis nunca deixou de lutar por um futuro melhor.

Dona Euci foi grande mulher, mãe, avó, bisavó e esposa. Lidou com as dificuldades da vida como uma verdadeira guerreira.

Era mãe também do Fiuk, o cachorrinho que a acompanhou por doze anos, um amigo fiel que esteve sempre ao seu lado e em seu colo.

Ao ser internada, não perdeu a esperança de rever a família. "Mesmo sabendo que estaríamos dispostos a cuidar dela o quanto fosse preciso, seu medo era dar trabalho para os filhos e netos", conta o neto Felipe.

Nunca mediu esforços para ajudar as pessoas, sendo de sua família ou não. Era muito amada por todos que a conheciam.

Devota a Deus, suas últimas palavras para a família foram: "Ainda vamos nos reunir".

"Vó, quero que saiba que estamos cuidando bem do Fiuk e das cachorras. Pode ficar tranquila aí no Céu. Espero um dia rever a senhora com aquele sorriso no rosto que sempre teve. Muito obrigado por toda a ajuda que sempre me deu. Obrigado por ter me aceitado quando muitos me julgaram. Eu nunca vou me esquecer de tudo o que fez por mim", despede-se Felipe.

"De toda a família, um grande beijo e abraço. Te amamos muito e sua memória nunca será esquecida", finaliza em nome de todos.

Euci nasceu em Italva (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 77 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo neto de Euci, Felipe Claro Gonçalves. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 29 de dezembro de 2020.