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Eugênio Kinceski

1941 - 2020

Padre, polaco de raça e de coração, acolhedor, amável, humilde e devoto da Virgem do Monte Serrat.

Manezinho da Ilha, da comunidade do Monte Serrat,
cresceu com a grande família Kinceski em torno igreja pelo pai construída.
Nasceu assim o amor pela Virgem negra de face ferida.

Os que iam à sua fila de comunhão
recebiam seu sorriso e o Cristo na palma da mão.
A criançada acorria, antes da bênção final,
para dele receber na fronte um Sinal.

No bolso sempre carregava dinheiro
e na paróquia de Paulo Lopes havia até um abrigo
para que não ficassem sem socorro
algum andarilho ou mendigo.

De Paulo Lopes levou consigo
o carinho de um povo solidário,
amizades sólidas e também o título de cidadão honorário.

Da paróquia São Judas Tadeu, em Barreiros, levou o que também deixou:
carinho, amigos e reconhecimento.
Sentia orgulho da Assistência Social
e por todos cultivou os mais nobres sentimentos.

Na Catedral de Florianópolis
o apostolado do sorriso e da quietude,
ali estavam as mais doces recordações
de sua infância e juventude.

O Geninho fez sua Páscoa.
Agora junto de Deus, por nós intervém.
Que sua Częstochowa rogue por nós,
agora e na hora de nossa morte. Amém

Eugênio nasceu em Florianópolis (SC) e faleceu em Florianópolis (SC), aos 79 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo amigo de Eugênio, Domingos Volney Nandi. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Domingos Volney Nandi, revisado por Francyne Nunes e moderado por Rayane Urani em 30 de maio de 2021.